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Número de empreendedores individuais no Brasil aumenta 10 vezes em uma década

O número de empreendedores individuais no Brasil tem crescido de maneira acelerada ao longo da última década. Só no ano passado, foram abertas, em média, 7,2 mil empresas por dia.

O emprego da Deborah sumiu na pandemia. Ela era maquiadora numa produtora de vídeo, que fechou. “E aí me vi completamente sem renda nenhuma. E aí minha formação primária como publicitária falou mais alto e eu fui buscar as oportunidades de mercado”, diz a empreendedora de marketing digital Deborah Cavalcante. Ela se tornou microempreendedora individual e faz marketing digital para outras empresas.

Simone também ficou sem renda e precisou investir nos brincos e colares, que fazia por hobby. a artesã abriu uma MEI, mas passou apertos no início.

“Muitas dificuldades, porque você acaba não precificando corretamente, acaba não separando a pessoa física do empresarial, e você não vê se está tendo algum lucro e que caminho está seguindo a sua empresa”, conta a empreendedora Simone Oliveira.

O caminho que vai desde a ideia de abrir uma empresa até o sucesso no mundo dos negócios é longo e costuma ser difícil. Só vontade não basta. Um levantamento do Sebrae mostrou que 29% das MEIs fecham as portas antes de completarem cinco anos de atividade. O maior obstáculo é a falta de planejamento, e a melhor saída é a capacitação.

Desde que as MEIs foram regulamentadas, o número de microempreendedores individuais aumenta a cada ano. Em 2009, foram 28 mil. No ano passado, foram criadas mais de 2,5 milhões MEIs.

O consultor de negócios do Sebrae Caio Ribeiro diz que a necessidade de renda é a principal explicação para esse crescimento, mas existem outras.

A facilidade para abrir uma MEI, impostos bem menores - de no máximo R$ 71,10 por mês, que já inclui a contribuição para o INSS com todas as garantias da Previdência, como auxílio-doença e aposentadoria - e a possibilidade de emitir nota fiscal. Mas ele ressalta que, para fazer bons negócios, o empreendedor precisa se preparar.

“Você prefere enfrentar algo que você não tem ideia do que vai ser ou saber minimamente quais serão os desafios que você vai encontrar, seja em relação aos seus fornecedores, seja no conhecimento mais aprofundado do seu cliente? Então, esse trabalho prévio antes de formalizar é justamente para que você saiba onde você vai pisar”, explica Caio Ribeiro.

Carlos Alberto Marti Júnior fez isso tudo. Depois de 10 anos como empregado, abriu uma loja de produtos naturais e suplementos alimentares.

Antes, ele fez um plano de negócios, escolheu o ponto de venda, pesquisou os fornecedores. Na inauguração, as prateleiras tinham 200 itens. Um ano depois, são mais de 600.

Júnior reinveste a maior parte do lucro e ainda consegue fazer uma retirada quase igual ao antigo salário. “Setenta a 80% do que eu ganhava antes, no meu último trabalho. E vamos para cima. A loja só tem um ano e a gente tem muito pela frente ainda,” diz o empreendedor Carlos Alberto Marti Jr.


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